27/09/2010

Capítulo XIX

A Velha T estava a chorar à porta do colégio. Peter O foi perguntar à Velha T porque chorava.

"A minha gata morreu na segunda-feira, agora o meu Estevão fugiu para cima daquela árvore e não consegue sair", dizia, apontando para cima, para o mais alto plátano do colégio, "um dos mais antigos da cidade", dizia sempre, com orgulho, o Director Sto.

Peter O olhou para cima, "mas não está ninguém lá em cima", disse à Velha T.

"Está, está, o meu Estevão".

De repente chegam o Padre Bof e o Professor Ré, "O que se passa?", pergunta o segundo.

A Velha T, por entre lágrimas e soluços, só repetia, "Estevinho, estevinho..."

Peter O achou que a Velha T estava a delirar. "Esta senhora diz que o seu Estevão fugiu para cima daquela árvore e não consegue descer", disse.

"Mas não está lá nenhum rapaz!", respondeu o Padre Bof.

"Não é um rapaz, o meu Estevão é o meu gato querido, o único que me resta", berrou a Velha T, com as poucas forças que ainda tinha.

O Professor Ré ofereceu-se para trepar a árvore e ir salvar o gato em apuros.

Peter O pensou, que se o gato Estevão não descia, era porque não queria. "Então os gatos não caem sempre em pé?", pensava.

O Professor Ré subiu, com destreza, até ao topo da árvore. Tentou apanhar o gato Estevão, mas este fugiu e desceu a árvore sozinho. O Professor Ré, ao descer, quase caiu várias vezes. Peter O sorria e o Padre Bof ria-se agarrado à barriga.

Quando o Professor Ré voltou ao chão, a Velha T agarrou-se a ele, chorando, "muito obrigada, muito obrigada, o senhor é mesmo uma pessoa boa!".

O Padre Bof também comentou para Peter O, "este Professor Ré é mesmo boa pessoa!".

Peter O pensou, que o Professor Ré não era nada parecido com as senhoras nuas da revista. Essas é que eram boas,... segundo Xavier.

Peter O estava confuso!

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